"a vida se encarrega de nos dar as aspas" e todos os pontos/pausas, me disse o poema (Maria Chirlene Oliveira)
penso que em tudo o que vemos há uma procura pelo caminho, pela continuidade, pelo linear. há uma tentativa de vestir de forma despreocupada. mas há um espelho. há muitos espelhos-aspas, espelhos-pontos, olhos-espelhos-interrogações que nos levam de volta àquele espaço estranho chamado guarda-roupas. ele nos joga lembranças, cheiros, formas e texturas que deveriam cair sobre nossos corpos aleatoriamente. mentira
vestimos o excedente. vestimos o que sobra do olhar, do espelho. vestimos para e além do outro.
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