Há tempos eu conheci o trabalho da multicomunicatica Cris Guerra. Ela é assim: mostra, exibe, propõe, diverte-se, reflete, trabalho o vestir. Cristina Guerra: publicitária e estilosa por formação. Logo a gente percebe que sua capacidade de criar harmonicamente, num infinito de possibilidades é só para quem consegue exigir-se o melhor. Eu não acho tarefa fácil vestir-se de forma bela e Cris consegue isso 364 1/2 dias por ano (confiando nas raríssimas datas em que ela não é fotografada).
Seu antigo blog (hoje sítio) é a vitrine do seu trabalho criativo; ela é fotografada diariamente, com constância de cenário, luz e poses, as suas vestes. Cada dia Cris inventa um jeito de portar e comportar a criação de brilhantes estilistas brasileiros (acho que é a maioria disparada - VALEU CRIS!), marcas consagradas e alguns achados ímpares encantam nossos olhos todos os dias no corpo desse mulher-mignon.
Ela é e permanece linda de muitas formas. A primeira é a essencial (se é que isso existe assim, tão cru): ela é muito bonita e magra, deixando tudo cair com elegância. Mas também tem a beleza de transformar um sintoma em ato. E o que é isso? Ela já declarou que, no passado, era vítima da moda pelo consumo. Eu partilho com Cris a ideia de que a moda invadiu perversamente nossa vida, estimulando o uso desenfreado de artigos que nem sempre (ou quase nunca) são supérfulos ou sobressalentes. Ser sobressalente é a essência da moda; mas deixar de ter o essencial para adquirir o superficial é patológico. Atualmente ela conseguiu transformar essa lógica comprando de forma consciente, aceitando presentes, vendendo o que não vai mais usar: Cris é sustentável.
E essa é mais uma parte bela da publicitária: uma insistência em aparecer como pessoa, que expressa um estilo, que traz a marca de seu trabalho e de sua vida, para além da roupa. Nas fotos diárias aparecem marcas que Cris tatua sem dor em sua pele. Cris está marcada por: Maria Bonita Extra, Osklen, Luiza Barcelos, Animale, Mary Design, Maria Filó, dentre tantos outros. A pele de Cris é viva e suporta muito bem portar grandes nomes da moda.
Hoje eu me senti um pouco a Cris. Vesti, me senti bem com a roupa, quis mostrar e hoje senti que podia. Meu trabalho não é esse, mas fotografar-me em um look específico num 15 de março me fez sentir marcada como a Cris (mas com meu repertório) e podendo garantir a expressão de uma imagem. Talvez por isso tenha demorado tanto para eu escrever sobre ela; eu precisava me encontrar com a Cris de um jeito singular, único.
saia: tecido Empório das Sedas, modelo Manequim, confecção Yeyê Soares
blazer: tecido Casa do Tecido, desenho Helena Soares, confecção Yeyê Soares
camisa: Brechó de Troca
sapatilha Tuin
cinto: do closet
tu é muito linda! adorei o texto, adoro a cris guerra tb. acho que devemos marcar um suco na maomé pra conversar sobre teu brechó de troca. já pensei várias vezes em ir e nunca rola. uma beijoca da ana!
ResponderExcluirE foi um encontro lindo. Obrigada, de coração. Linda demais você. Por dentro e por fora.
ResponderExcluirBeijos!
Belíssimo texto, me emocionou sabia?
ResponderExcluirEu tbem amo a Cris, eu a conheci naquela fase down, quando escrevia para Francisco, mas e ela soube dar a volta por cima, por que como voce mesmo disse, ela se reinventa.
A propósito, adorei o modelito by Yeyê Soares, tá linda!!!
Um Grande abraço em ti, querida