21.10.11

A DOR ENSINA A GEMER

Não sejamos ingênuos a ponto de pensar que grandes e pequenos projetos de moda sustentável vem advindo dos países do hemisfério norte por puro altruísmo.
Os países ditos do primeiro mundo tem produzido um número significativo de designers implicados na produção com rigor de beleza, reutilização de materiais, comércio justo dentre outros quesitos que justificam o conceito.
Mas de onde vem tanta boa vontade? 
Os ricos são tão bonzinhos? 
A beleza, a implicação social só advém de quem tem o prato cheio de comida e se dá o luxo de poder pensar no assunto?
Não é assim minha gente... O que se passa é que o consumo chegou a um nível tão alarmante na Europa, EUA, Canadá que não há mais o que fazer com o lixo, com o excesso. Há também a pressão dos continentes Americano e Africano para que tais países tenham a dignidade de se redimir, em todos os setores, da exploração de matéria-prima e mão de obra.
Muita pressão gera ação.
São muitos os setores que se implicam em projetos sociais que visam a recuperação do planeta e da civilização; seja direta ou indiretamente.
Quer saber? Acho isso o mínimo e muito bom.
Produzir de forma sustentável, sem perder de vista a beleza e a justiça social sempre vem bem. Acho pouco, é verdade, mas acho importante divulgar esses projetos em detrimento do ainda existente comércio descartável.
Aí vai a dica de uma dessas iniciativas: Londres está se organizando para dar força à moda sustentável. É a Estethica



Para mim fica a pergunta: estamos nos protegendo e divulgando projetos nacionais com o mesmo objetivo? Quantos designers de moda sustentáveis vocês conhece e já repassou para seus contatos? E a política pública? Tanto no setor público como no privado estamos carentes de divulgação.
Já falei aqui da vergonha da Vogue nacional que pouco incentiva, pouco fala disso. Agora ressalto que no setor público também não há divulgação do Plano Nacional que visará fomento a essas iniciativas. 

Por um post era isso.

Um comentário:

  1. Oi!
    Acho que sim, que somos privilegiados em poder se colocar esse e outros problemas e não irmos simplesmente com a correnteza. Porque a massa que tem que batalhar o pão de cada dia (mas batalhar mesmo) não tem muito "tempo" ou interesse em fazer diferente. Vem das camadas intelectuais de cima (por pior que esse "de cima" me soe!) certas ideias, certas vontades de mudar, de melhorar, e isso não é negativo. E se vem com um projeto de educação, de re-construção do mundo em que vivemos, tanto melhor.
    O interesse econômico/industrial em criar outras matérias-primas e outros produtos usa disso pra vender mais e pra abocanhar outras fatias de mercado, né.

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