18.3.12

LANÇAMENTO LOJAS POMPÉIA OUT/INV 2012

produzido pela tess fashinbiz e com assinatura de éden matarazzo

um ótimo encontro com Milene Bordini, Cleber Machado, Patrcícia Pontalti, Raquel Medeiros, Sander Sereriano, Manu Pereira e muitos outros

o que aconteceu?
uma recepção calma e calorosa com um farto café da manhã no teatro do bourbon country, com a presença dos citados acima (que para mim, Helena Soares é imprescindível) e um monte de celebridades portoalegrenses, blogueiros de moda, alguns clientes. o evento seguiu com o desfile propriamente dito (falo mais além) e recepção com almoço da chef Juliana. os mais frescos (como eu) papearam na área externa.

o stylist de éden matarazzo me serve de fio condutor para falar do evento.
competente, criativo e até alegre. um rico desfile de fast fashion. de verdade!
costumo fazer minhas críticas de forma contundente ao fast fashion. uso pouco; não acho nada bonito o comportamento de vítima de promoções ou de edições limitadas assinadas por estilistas. acho que o futuro negro da moda está nessa modalidade parca e porca (para os que conhecem e os que não conhecem a versão correta do provérbio). prefiro acreditar numa modalidade de moda criativa, sustentável e menos volumosa. princípio da esperança...
o fato é que a mistura de peças esteve no nível (quiçá melhor) do que os últimos desfiles de renner e c&a a que assisti. riachuelo e essas outras que se cuidem.
isso mesmo. mas não é nessa ceara inutilmente polêmica que não gostaria de entrar.
não há como fugir do fast fashion. eu preciso de camisetas lisas, moda fitness e lingerie baratinhas, sem interferência de uma vendedora desnecessária (sim, às vezes uma vendedora atrapalha mais do que ajuda - às vezes), tanto quanto qualquer mulher brasileira. é vero! eu mesma não consigo excluir do meu closet todas as peças de fast fashion. não tira o meu sono esse tipo de problema.
mas e aí? terá Helena Soares amolecido? 
talvez mais do que isso... minha conversa com a gurizada lá na área externa era sobre isso. minha preocupação é outra!
é fato que o Brasil já pode se considerar dentro do cenário mundial da moda? bem... Pedro Lourenço apresenta suas coleções lá por Paris, Carlos Miele tem base lá com os gringos e muitos de nossos estilistas já começam a ser produto das fashion victims japonesas. é o suficiente???
nosso ex-presidente da república Zé Alencar, fundador da COTEMINAS, empresário do ramo têxtil, nos mostra que o Brasil produz dindim com sua produção de fibras; em contrapartida não cessava de queixa-se da dificuldade de se ser empresário deste ramo no Pais. Ronaldo Fraga e Glória Coelho volta e meia citam o mesmo problema. 
articulo ainda a possível entrada da gigante H&M no Brasil. 
jogando todas essas informações no liquidificador tiro a seguinte conclusão: precisamos afirmar SIM Lojas Pompéia no cenário regional e (logo logo) nacional para que tenhamos representatividade e atenção com as particularidades dos Estados. Nosso país tem lugar para todas essas megastores e ainda sobra. Mas não vejo que sobreviveriam a curto prazo com a chegada esmagadora de um gigante como a H & M. se eu fosse jornalista traria à tona dados acerca da chegada da C & A no país, por exemplo. posso exemplificar com minha lembrança afetiva de ver nas poucas Lojas Renner etiquetas de estilistas daqui (como Mareu Nitschke, por exemplo) que foram substituídos pela despersonalização de grandes etiquetas. Imaginem se dentro de uma Renner o regionalismo não sobrevive, o que dirá com a chegada de um gigante??

minha defesa das Lojas Pompéia é por uma rede de lojas de fast fashion que se aprimore para atender o público gaúcho (como vem fazendo com competência). mas, principalmente, que aos poucos os fashionistas daqui troquem C&A e Zara por Lojas Pompéia, Renner e Riachuelo, ou seja, façamos nós o nosso trabalho antes que os gringos nos massacrem como formiguinhas!!

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