25.5.13

quando o futuro tem sentido

uma vez ouvi minha tia Suzana Saldanha falando sobre como as coisas carecem de tradição.
ela é supermoderna em seu modo de viver, na forma como enfrenta as novidades e não permite que o futuro a engula.
nessa ocasião procurávamos camisetas de algodão no bom estilo campestre (com botõezinhos próximo ao colarinho careca): não encontramos nenhuma.
o que ela queria dizer é que com o desejo constante de criação corre-se o risco de achar o caminho de casa: da qualidade do algodão, do bom corte, das cores puras, dos modelos eternos que amparam nossa forma de vestir.
penso que tenho alguma propriedade para falar sobre isso pois sempre fui tida como excêntrica no meu modo de vestir. usei roupas dos meus irmãos desde sempre (minha irmã e dos guris também), de minha mãe, meu pai, primos e tios: de toda a família. sempre inventei formas de combinar estampas, formas. mas tem uma hora que a gente precisa dizer "ufa", para um pouquinho e, para não cair no desejo do outro, ou seja, das vitrines, da vogue ou da novela, é importante lembrar quais peças tem a nossa cara: aí vem as peças de tradição.
aí a lacoste cria este vídeo simpático (acesse aqui) com uma brincadeira de buscar em seus clássicos uma forma de saídas de emergência e também para a alegria. não sei as políticas de produção da marca, confesso, mas hoje lacoste me lembrou a tradição moderna que eu queria ter sempre para vestir. como hering que visto desde sempre (devia - ? - ganhar um brinde cada vez que falo na hering e damyller).


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