well, well, well...
qdo a moda assume que se presta ao luxo estéril o que sobra?
qual o resto?
esse trailer me lembrou um associação quase inversa... os palácios dos czares russos que, depois da queda do regime viram museus. bem uma sociedade que procura manter viva a memória para que TODOS possam acessá-la e misturar às suas construindo um novo agora, novas perspectivas e desejos coletivos. muito vago?
bem, uma pessoa visita um palácio onde um czar poderoso, rico e injusto viveu exaltando o luxo e as melhores técnicas artesanais e arquitetura, afrescos, entalhamentos, etc; e que depois foi um espaço tomado pela ditadura socialista de forma escusa. resultado: esta pessoa tem acesso ao belo, ao requinte, à cultura, à história e a uma parte dos fatos. esta pessoa tem o poder em suas mãos para compor seu próprio repertório sobre este espaço e usá-lo para o que quiser: cultura geral, inspiração para o trabalho, etc.
agora me dica: em um templo de consumo fútil, onde coleções de incríveis designers são postos à venda de forma desagregada ao que o artista se propôs em seu momento criativo, o que se pode absorver? nesta mansão que virou templo de consumo de luxo não parece haver espaço ao singular, não é possível uma pergunta sobre o processo que culminou no bordado x ou y do vestido de narciso rodrigues ou no caimento da alfaitaria de carolina herrera. não há estilistas em bergdorf's, há usurpadores de desejos.
alguém suporta?
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